Ainda quero fazer o relato do meu parto com calma, se é que posso chamar aquele parto de meu, nada foi como eu queria que fosse!O
meu medo era de precisar de um fórceps num parto vaginal, e dele deixar algum machucado no meu bebê, não fiz vaginal, mas usaram um tipo "fórceps" e deixou a carinha dele marcada. Bem na cara, lugar onde não dava pra esconder de ninguém e princialmente de mim mesma.
logo que o Gael nasceu, eu estava tão drogada (sim essa é a melhor palavra), que eu não tinha condições de avaliar o tamanho da mágoa que ficaria em minha alma.Hoje, quase quatro meses depois me veio uma certeza. Vai demorar a passar.
Quinta feira passada fiquei sabendo por acaso que haveria uma discussão sobre o pós parto no GAMA (Grupo de apoio à maternidade ativa, achei interessante e marido fofo ajudou e me levou até lá. Foi o dia mais cheio que presenciei no GAMA, tinha mulheres e casais com filhos, esperando eles, com filhos e esperando outro e até um papai representando uma mamãe grávida! Todos se apresentaram e quando chegou a minha vez (fui com o Gael) comecei a falar e quando chegou no momento cesárea desnecessária travou. Engasguei, as lágrimas vieram, me emudeceram. Tive que pedir licença, saí, bebi água... Pensei comigo, nossa!!! Tá pior do que eu pensava. Voltei, falei e me senti melhor. Não que tenha mudado alguma coisa, porque continuo com as mesmas cicatrizes no corpo e na alma, mas, me senti mais segura. Me senti bem por de repente servir de exemplo pras outras mães que pensem como eu pensei. Que ia enganar o GO fofo, que ia chegar já na fase latente, quase no expulsivo e que ele não poderia fazer nada pra impedir...
Veja, deixo aqui claro que
não culpo em nenhum momento meu GO fofo, DR M, porque ele não fez nada de errado. Tenho certeza de que ele tinha certeza de que eu precisava de uma cesárea. Mas sei que outros médicos no lugar dele teriam feito diferente. Em outro post eu explico melhor esse tema.
Acho que pude contribuir com um pouco...
Na sexta feira, ontem, fui na reunião da MATRICE. Também amei, foi muito delicioso conversar com outras mães, conhecer a Fabíola (uma querida)tão dedicada.
Foi meu primeiro passo pra tanta coisa... pra superar, pra aprender, pra me preparar pra ajudar, enfim, pra descobrir no que realmente eu me transformei depois da maternidade!!!
NAMASTÊ
